Vamos repensar nossos limites?
Em tempos de mudanças contínuas, num mundo complexo e dividido por informações, surge também a necessidade de repensar sobre nós. Se antes tínhamos alguma ideia dos nossos limites, talvez seja o momento de questioná-los.
Repensar sobre eles nos leva a uma imersão do que já sabemos e está ao nosso alcance. E, do que não está no nosso radar de conhecimento nem de entendimento. Ou será que carregamos todo o entendimento do mundo dentro da nossa própria perspectiva? 🤔
Sair de um estado atual para um ideal exige vários movimentos de progresso, e um desafio é compreender que por detrás disso podemos encontrar algumas coisas como: transição, consistência, mentalidade, liderança.
Um exemplo clássico sobre limites que impomos pode ser visto na educação : já ouviram falar que matemática é só pra quem tem dom? — Ou no trabalho, aquela máxima : quando dizem que fazem daquele jeito porque foi feito sempre assim? Poderíamos citar n situações que por um descuido nosso ao não entender o real impacto ou pela nossa falta de entendimento, perdemos as oportunidades de progresso — já perdeu o ônibus por não prestar atenção no horário?! — assim pode acontecer com as oportunidades quando também não nos permitirmos nos preparar para ela.
Para entender um pouco mais desse mecanismo precisamos entender sobre como funciona a máquina que computa nossas informações: o cérebro 🧠
Por um tempo acreditava-se que nosso cérebro não se alterava ao longo do tempo, mas as pesquisas felizmente conseguiram comprovar o contrário (ufa! 😝) : que temos sim um cérebro adaptável. E isso é incrível! Então juntei alguns alunos ( quando ainda lecionava ), certo dia, e disse que matemática já não seria mais um problema e sim um novo desafio que iríamos resolver. Então uma nova emoção foi acendida e, enquanto isso no cérebro dos alunos, os neurônios percorriam um caminho diferente daquele que seus atuais hábitos ( forma de pensa,agir..) seguiam.
Durante vários encontros recorrentes, essa nova ideia ganhava espaço e quanto mais esse novo caminho era percorrido e incentivado, mais natural ele se tornava, enfraquecendo os hábitos antigos. E isso os neurocientistas chamaram de Neuroplasticidade — fortalecendo novas conexões e enfraquecendo as antigas. Então, porque desistimos se existe um processo a ser percorrido? Porque valorizamos a exceção e não também a regra?
Você vai lá e faz um curso de coach, pega o certificado,e pronto: mas, será que apenas isso faz de você um coach? Você acorda todo dia cedo, chega no trabalho e se reúne com 3 subordinados: apenas isso te faz um líder? — O nosso progresso é medido pela nossa rotina diária, pelas micro-ações que quando somam, refletem também quem somos. Então, porque ainda não valorizamos esforço e o progresso? Certos limites nós impomos e a ciência explica . Então, se podemos nos construir e re-construir, porque nos acomodamos?! É a nossa mentalidade moldando nossos limites?
Um desafio grande pode sim ser quebrado em desafios menores e essa transição consistente nos permite avançar e ultrapassar sobre os limites que achávamos que tínhamos. Qual é o grau da sua persistência?
Reconhecer é tão importante quanto decidir. E, em um mundo mutante e complexo, desenvolver um maior entendimento sobre si dentro de cada contexto e realidade, se torna um diferencial.
Afinal, quem melhor que nós pra decidir buscar o melhor de nós mesmos a cada momento?
sugestão de vídeo : https://www.youtube.com/watch?v=lQqTG6kcj4k